Dor crônica atinge 37% dos brasileiros acima de 50 anos

Pesquisa financiada pelo Ministério da Saúde aponta que quase 37% dos brasileiros acima de 50 anos têm dores crônicas e que, desses, 30% usam opioides para aliviar o problema – medicamentos potentes que diminuem a dor.

Os dados preliminares fazem parte da última edição do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos, o ELSI-Brasil.

Os dados são considerados preocupantes pela coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Primária, Lígia Gualberto. Ela destaca que, para evitar dores ao longo do processo de envelhecimento e a demanda por opioides, o ideal é que o indivíduo adote desde cedo hábitos saudáveis de vida, como, por exemplo, a prática de atividades físicas.

Isso porque, quando envelhecemos, vamos perdendo massa muscular e essa perda pode ficar mais acentuada com o sedentarismo. E a ciência explica que o enfraquecimento muscular está diretamente relacionado à dor crônica e prejuízos na mobilidade, principalmente em idades avançadas.

Lei sancionada recentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou o atendimento a pacientes com dor crônica no SUS.

O objetivo é que pessoas com Síndrome de Fibromialgia, Fadiga Crônica, Síndrome Complexa de Dor Regional ou outras doenças correlatas tenham atendimento integral, multidisciplinar, exames complementares, assistência farmacêutica e acesso a modalidades terapêuticas, como fisioterapia e atividade física.

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