Planos de saúde gastam mais com tratamentos relacionados ao autismo do que ao câncer
Publicado em
09/01/2024
Autismo já é o principal custo dos planos de saúde.
Em 2021, por determinação da ANS, a Agência Nacional de Saúde Suplementar, os planos de saúde foram obrigados a incluir na cobertura dos planos, sessões ilimitadas com psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos para o tratamento do Transtorno do Espectro Autista.
E, em 2022, a cobertura obrigatória aumentou e os planos passaram a ter que cobrir todos os métodos ou técnicas para o atendimento dos pacientes com transtornos globais de desenvolvimento.
Desde então, a quantidade de atendimentos relacionados a tratamentos para essas questões registrou salto significativo.
De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde, o número de sessões e consultas com psicólogos, por exemplo, saltou do patamar de 28 milhões, em 2021, para quase 35 milhões em 2022.
A demanda mais alta fez, claro, os gastos dos planos com tratamentos e terapias de transtorno de desenvolvimento subirem; a alta entre 2021 e 2022 foi de 75% desde 2021, enquanto a alta dos gatos com tratamentos relacionados ao câncer, que sempre foram os que mais oneraram os planos, foi de menos de 40%.
Para se ter uma ideia, em 2022, os custos com terapias de pacientes com autismo, que representavam menos de 2% dos custos totais do setor, beiraram 10%, assumindo a primeira colocação, já que gastos relacionados com tratamentos oncológicos responderam por 8,7% do total.
Rádio 2