Médicos defendem taxação maior de alimentos ultraprocessados
Publicado em
09/10/2023
Associações e organizações médicas lançaram um manifesto em defesa da maior taxação de produtos nocivos à saúde, como bebidas açucaradas e alimentos ultraprocessados, na reforma tributária.
Isso porque, de acordo com eles, em 2022, os preços dos itens passaram a ser menores que os da chamada “comida de verdade”, o que acabou incentivando o consumo no país.
As entidades médicas pedem, então, um posicionamento dos senadores, que devem votar o texto nas próximas semanas, em favor da saúde pública. Os alimentos ultraprocessados são conhecidos por serem atraentes, práticos e de baixo custo. Tais produtos, no entanto, são desbalanceados nutricionalmente e, geralmente, são ricos em gorduras, açúcares ou sódio.
Apesar do texto prever a criação de uma cesta básica nacional, com alíquota zero, as associações médicas temem que produtos ultraprocessados, nocivos à saúde, sejam incluídos na lista de alimentos essenciais, o que aumentaria o consumo e, consequentemente, o risco de doenças crônicas associadas aos produtos.
Entre elas estão a obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão, cirrose hepática e doenças renais crônicas, que respondem, segundo dados do Ministério da Saúde, por 57 mil mortes precoces por ano no Brasil, além de milhares de tratamentos.
Para os especialistas, portanto, o alto consumo das chamadas ‘calorias vazias’ representa, além de perigo para a saúde, um dos fatores para o aumento de custos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Agência Brasil