Especialistas do Huol-UFRN esclarecem sobre tipos de alergias

Publicado por

Redação

Publicado em

11/07/2024

Espirros, coriza, dificuldades para respirar, coceira na garganta e manchas na pele são sintomas conhecidos por boa parte da população brasileira que não aparecem apenas em quadros virais. Esses são alguns dos sinais comuns aos diferentes tipos de alergias, que podem ser respiratórias, de pele, alimentares e medicamentosas. O Dia Mundial da Alergia foi comemorado em 08 de julho, e especialistas do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), que integra a Rede Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), trazem esclarecimentos sobre causas e tratamentos para melhorar a qualidade de vida de quem convive com esse problema de saúde.

O professor de pneumologia do Huol, Paulo Roberto de Albuquerque, explica que a alergia consiste em reações exageradas que o organismo sofre quando entra em contato com determinadas substâncias: os alérgenos. “Pode ser a medicamentos, produtos químicos, poeira, fumaça, mofo, pelos de animais, mudanças climáticas”, explica o professor.

De acordo com o profissional, a alergia alimentar e medicamentosa são as mais comuns, causando urticária e dermatite geralmente brandas, mas que podem ser graves. O professor de pneumologia destaca que a alergia não surge da noite para o dia. “Cada vez que nosso organismo tem contato com uma substância estranha (antígeno) ele produz uma substância chamada de anticorpo. Em indivíduos geneticamente susceptíveis e previamente sensibilizados, esse anticorpo se liga a determinadas células do nosso organismo e faz com que substâncias responsáveis por reações alérgicas passem a ser liberadas”, esclarece.

Ambiente doméstico pode influenciar alergias

No ambiente doméstico, os alérgenos encontrados com mais frequência são os ácaros, que podem dar início às alergias respiratórias e podem ser mais severas se não tratadas adequadamente, dando origem à Asma e Rinites, esclarece Paulo Roberto.

Os sintomas da rinite podem se manifestar por meio de congestão nasal, secreção excessiva saindo das narinas (chamada rinorreia), espirros, coceiras no nariz, na garganta e/ou nos ouvidos; além de coceira, lacrimejamento e conjuntivite nos olhos. Na Asma, os sintomas são tosse com secreção clara, falta de ar, e chiado e aperto no peito.

“As mudanças de temperatura predispõem a crises de rinite. Quando o ar está muito frio e seco, ou quando respiramos pela boca, o nariz não dá conta de condicionar o ar adequadamente. Esse ar, ao entrar seco e frio nas vias respiratórias, irrita as mucosas e prejudica o funcionamento de todo o aparelho respiratório, deixando as pessoas mais suscetíveis a infecções”, alerta Paulo Roberto.

Prevenção

Manter ambiente limpo e arejado é a principal recomendação para evitar as crises alérgicas respiratórias. “Abrir a janela, deixar a luz do sol entrar; fazer a limpeza contínua do local; e evitar varrer e espanar, para que a poeira não entre em contato com a via respiratória, ou seja, trocar a vassoura por um pano úmido. Substituir qualquer material que acumule poeira por aqueles com superfícies lisas; e evitar contato com fumaça, principalmente cigarros. Contato com pelos de animais domésticos também pode desencadear rinite e asma e deve ser evitado”, disse o professor.

A otorrinolaringologista do Huol, Ana Carolina Fernandes de Oliveira, destaca a importância do controle dos fatores causadores das alergias respiratórias e a necessidade de evitar objetos que possam acumular poeira e ácaros; a exemplo: carpete, cortina, almofadas, colchas e bichinhos ou objetos de pelúcia; além de escapar de ambientes úmidos, com mofo ou infiltrações nas paredes.

“Devido ao mecanismo imunológico, a alergia respiratória até o momento não tem cura, porém, a ciência e bons hábitos já podem garantir com segurança um bom controle de crises e sintomas. Mudanças de hábitos e a imunoterapia são peças-chave nesse processo”, explica Ana Carolina.

Uso seguro de medicamentos antialérgicos

Os medicamentos são a principal via para conter as crises alérgicas, mas devem ser administrados com cuidado e orientação. Em geral, os anti-histamínicos são utilizados para controlar sintomas leves a moderados de alergia e os corticosteroides, para reações mais severas, diminuindo a inflamação. Uma atenção especial à dosagem deve ser considerada, respeitando as orientações dispostas no medicamento e as passadas pelo profissional de saúde, para evitar superdosagens que podem trazer danos ao paciente. Nos casos de anafilaxia, uma reação alérgica grave com sintomas de dificuldade respiratória, queda da pressão arterial, taquicardia e perda de consciência, a adrenalina é utilizada.

Sobre a Ebserh

O Huol-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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