Endometriose afeta mais de 7 milhões de brasileiras e desafia o diagnóstico precoce

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Redação

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16/05/2025

A endometriose é uma doença inflamatória crônica que afeta mais de 7 milhões de mulheres no Brasil, o equivalente a uma em cada dez brasileiras em idade reprodutiva, segundo estimativas do Ministério da Saúde. Apesar de comum, a condição ainda é cercada por desinformação e demora no diagnóstico, podendo levar de sete a dez anos desde o início dos sintomas. A doença é caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial fora do útero, atingindo principalmente ovários, bexiga e intestino.

 

Os principais sintomas incluem cólicas menstruais intensas, dor durante as relações sexuais, sangramentos irregulares e dificuldade para engravidar. "Não é normal sentir dores constantes e incapacitantes todos os meses. A mulher precisa ser ouvida e investigada com atenção desde os primeiros sinais", reforçou a ginecologista Cristiane Spíndola, da Pró-Saúde. Segundo a médica, esses sinais ainda são muitas vezes confundidos com questões ginecológicas menos graves, o que atrasa o início do tratamento e afeta diretamente a qualidade de vida das pacientes.

 

Saiba os sintomas: dor, menstruação irregular e dificuldade para engravidar

 

A endometriose também tem impactos profundos na saúde mental das mulheres. "A dor crônica associada à endometriose pode levar à ansiedade, depressão e ao isolamento social. É fundamental olhar para essa mulher de forma integral, com acolhimento e suporte psicológico", destacou Cristiane. Estudos apontam que a doença pode afetar o desempenho no trabalho, nos estudos e nas relações pessoais, além de comprometer a fertilidade em casos mais graves.

 

O diagnóstico da doença envolve avaliação clínica ginecológica, exames de imagem como a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e, em alguns casos, ressonância magnética. A biópsia pode ser indicada em situações específicas. O tratamento varia conforme o estágio e os sintomas da paciente, podendo incluir medicamentos para controle da dor, terapia hormonal e, quando necessário, cirurgia para remoção dos focos da doença.

 

A conscientização e a educação em saúde são ferramentas fundamentais para o diagnóstico precoce da endometriose. A recomendação dos especialistas é que todas as mulheres façam consultas ginecológicas regulares e estejam atentas aos sinais do próprio corpo. “A mulher precisa saber que sentir dor não é normal. Uma cólica menstrual que não melhora com analgésico comum ou que faça a pessoa ir ao hospital, tomar medicação venosa, é preciso ter muita atenção e consultar um profissional”, indicou Cristiane Spíndola.


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