Crédito do Trabalhador: migração para empréstimos com juros mais baixos já pode ser realizada

Já é possível migrar empréstimos consignados antigos para o programa Crédito do Trabalhador. A expectativa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é que grande parte dos quase 4 milhões de contratos em vigor sejam transferidos, somando cerca de R$ 40 bilhões.

Lançado em março, o programa já soma 25 milhões de contratos e mais de R$ 14 bilhões movimentados. A maioria das operações é feita por trabalhadores que recebem até quatro salários mínimos.

Para fazer a migração, é preciso procurar o banco diretamente — presencialmente ou por aplicativo — e solicitar a substituição da dívida por um novo contrato com juros menores. O banco atual pode cobrir a proposta, mas, se não fizer isso, deve liberar o contrato para a portabilidade. Também é possível unificar várias dívidas em uma só.

Segundo o ministério, o governo espera que o uso do FGTS como garantia reduza ainda mais os juros dos consignados privados. As instituições que cobrarem taxas abusivas podem ser notificadas e até excluídas do programa.

Em maio, a taxa média de juros do Crédito do Trabalhador foi de 3,43%. No início de junho, subiu para 3,63%. Mesmo assim, continua abaixo de outras modalidades como o rotativo do cartão de crédito, com 15,1%, e o cheque especial, com 7,4%.

O programa é voltado para trabalhadores com carteira assinada, incluindo celetistas, domésticos, rurais, empregados de MEI e diretores não empregados com direito ao FGTS. A previsão é incluir 25 milhões de pessoas em quatro anos.

Agência Rádio Gov