Consumo de produtos ultraprocessados causa seis mortes por hora no país
Publicado em
26/11/2024
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que o Brasil gasta, por ano, pelo menos R$ 10,4 bilhões com as consequências do consumo de alimentos ultraprocessados para a saúde da população.
São despesas diretas com tratamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), custos por aposentadoria precoce e licença médica. Só em 2019, segundo a pesquisa, foram cerca de 57 mil mortes prematuras pelo consumo de ultraprocessados, o equivalente a seis mortes por hora ou 156 por dia.
Os dados são do estudo Estimação dos custos da mortalidade prematura por todas as causas atribuíveis ao consumo de produtos alimentícios ultraprocessados no Brasil, realizado pelo pesquisador Eduardo Nilson, da Fiocruz.
Ultraprocessados – tipo de produto que passa por um longo processo de fabricação e contém ingredientes que não encontramos na cozinha doméstica, como aditivos para substituir a cor, dar aroma e conferir determinada textura.
As três doenças crônicas mais prevalentes e atribuíveis ao consumo excessivo desses produtos são: obesidade, diabete tipo 2 e hipertensão arterial – segundo a pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde, em 2023, 10,2% dos brasileiros adultos declararam ter diabete; 27,9%, hipertensão; e 24,3% relataram ter obesidade.
Estadão